Pesquisadores do Departamento de Zootecnia da Universidade Estadual de Maringá alcançaram um marco inédito para a cunicultura brasileira, consolidando o primeiro protocolo nacional de ordenha de coelhas após dois anos de trabalho. Esse avanço é significativo, pois permite que a equipe avance para a fase final de produção experimental de um leite artificial para filhotes, um produto inexistente no país e considerado estratégico para reduzir a mortalidade de animais recém-nascidos. A cunicultura é reconhecida pelo baixo impacto ambiental e pelo alto valor nutricional de sua carne, mas enfrenta um desafio histórico: a perda significativa de animais no período de desmame. Embora uma coelha possa produzir até 12 filhotes por ninhada, chegando, em condições ideais, a cerca de 50 desmamados ao ano, a mortalidade entre 30 e 40 dias de vida atinge aproximadamente 20%.

O método utilizados pelos pesquisadores envolveu o desenvolvimento de um protocolo de ordenha que permitisse a extração do leite de coelhas de forma eficiente e segura. Esse protocolo foi fundamental para a produção do leite, que é um componente essencial para o desenvolvimento saudável dos filhotes. Além disso, a equipe também teve que lidar com as limitações impostas pela falta de informações e recursos disponíveis sobre a cunicultura no Brasil. A mortalidade alta nos primeiros dias de vida dos filhotes é um problema crítico que afeta a produtividade e a sustentabilidade da cunicultura, e a falta de um leite artificial adequado é um dos principais fatores que contribuem para isso. Com o protocolo de ordenha estabelecido, os pesquisadores agora têm a oportunidade de avançar na produção de um leite artificial que atenda às necessidades nutricionais dos filhotes, reduzindo assim a mortalidade e melhorando a eficiência da cunicultura.

O contexto em que essa pesquisa foi realizada é importante, pois a cunicultura é uma atividade que tem ganhado destaque no Brasil devido ao seu potencial para produzir carne de alta qualidade com baixo impacto ambiental. No entanto, para que essa atividade seja sustentável, é necessário superar os desafios relacionados à mortalidade dos filhotes. A produção de um leite artificial que possa ser utilizado para alimentar os filhotes é uma solução estratégica para esse problema, pois permitirá que os criadores de coelhas reduzam a mortalidade e melhorem a eficiência de suas operações. Além disso, a disponibilidade de um leite artificial também pode abrir novas oportunidades para a cunicultura, permitindo que os criadores produzam filhotes de alta qualidade para abastecer o mercado.

A pesquisa realizada pelo Departamento de Zootecnia da Universidade Estadual de Maringá representa um importante passo para o avanço da cunicultura no Brasil. Com a consolidação do protocolo de ordenha e a perspectiva de produzir um leite artificial para filhotes, os criadores de coelhas podem esperar melhorias significativas na produtividade e na sustentabilidade de suas operações. Além disso, a redução da mortalidade dos filhotes também contribuirá para a melhoria do bem-estar animal, um aspecto cada vez mais importante para os consumidores e para a sociedade em geral. Com a continuidade desses esforços de pesquisa e desenvolvimento, a cunicultura brasileira pode se tornar mais competitiva e sustentável, contribuindo assim para a segurança alimentar e o desenvolvimento econômico do país.

Sem consulta SPC/Serasa
Os 5 melhores cartões de crédito sem consulta SPC/Serasa