O cardiologista Brasil Ramos Caiado esteve na Superintendência da Polícia Federal em Brasília na tarde de quarta-feira, 3 de dezembro, após autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A presença do médico se deu para realizar atendimento médico ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que está preso por tentativa de golpe de Estado. Bolsonaro cumpre pena de 27 anos e 3 meses decorrente da condenação pela trama golpista.
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A defesa de Bolsonaro havia solicitado que dois profissionais de saúde pudessem acompanhá-lo na prisão: o cardiologista Brasil Ramos Caiado e o fisioterapeuta Kleber Antônio Caiado de Freitas. O ministro Alexandre de Moraes acatou parcialmente o pedido, autorizando a visita do cardiologista. Moraes destacou que médicos devidamente cadastrados podem realizar visitas à cela sem necessidade de aviso prévio, desde que respeitadas as regras impostas pela Justiça e pela PF. O magistrado ressaltou ainda que esse tipo de atendimento deve obedecer às determinações legais em vigor. Já o acesso do fisioterapeuta não foi autorizado no momento, sendo que esse atendimento só poderá ocorrer se houver indicação médica específica e com aprovação prévia do juízo responsável pelo caso.
A decisão do ministro Moraes reflete o equilíbrio entre a necessidade de assegurar a saúde do ex-presidente e as restrições impostas pela sua condição de preso. A defesa de Bolsonaro argumentou que a presença dos especialistas é necessária para assegurar a continuidade do acompanhamento clínico do ex-presidente. Com a autorização parcial, o cardiologista pôde realizar o atendimento médico, enquanto a questão do fisioterapeuta permanece pendente de nova avaliação. A situação de Bolsonaro e o acompanhamento de sua saúde continuam a ser temas relevantes no contexto de sua prisão.
A presença do cardiologista na PF e a autorização de Moraes ilustram a dinâmica entre as instâncias de saúde, jurídica e prisional envolvidas no caso de Bolsonaro. O processo de acompanhamento médico de presos, especialmente daqueles com condenações de alta relevância política, envolve uma série de considerações legais e de saúde pública. A medida em que o caso se desenrola, novos desenvolvimentos podem ocorrer, influenciando a forma como a questão será tratada pelas autoridades competentes.