O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um pacote de auxílio de US$ 12 bilhões para agricultores pequenos ou médios que estão sendo impactados pela guerra comercial com a China e pela inflação. De acordo com o plano de socorro financeiro, US$ 11 bilhões serão usados para pagamentos únicos a agricultores de culturas extensivas, enquanto US$ 1 bilhão será aplicado para culturas especiais. O auxílio será pago até o final de fevereiro e será calculado a partir dos custos de produção por acre para cada tipo de cultura.

O contexto institucional por trás desta medida é complexo. A agricultura é uma indústria importante nos Estados Unidos, com grande parte do país dependente da produção de alimentos e fibras. No entanto, as políticas fiscais de Trump têm afetado negativamente a indústria, especialmente os produtores de soja, que foram prejudicados pela redução das compras da China após o aumento das tarifas. Esta medida é uma tentativa de compensar esses danos e manter a base de apoio de Trump, que inclui muitos agricultores. No entanto, a medida também é controversa, pois beneficia principalmente as grandes propriedades rurais, que são as que mais lucram com a indústria agrícola.

A partir deste cenário, é possível observar que o governo dos Estados Unidos está tentando equilibrar os interesses das grandes empresas agrícolas com as necessidades dos pequenos agricultores. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) calculará o valor dos auxílios a partir dos custos de produção por acre, e os pagamentos serão limitados a US$ 155 mil por propriedade rural ou produtor. Além disso, o auxílio será exclusivo para as entidades com faturamento anual de até US$ 900 mil. Como resultado, os agricultores que estão sendo impactados pela guerra comercial e pela inflação estarão sendo beneficiados com essa medida.

Além disso, o valor total do pacote de auxílio, de R$ 12 bilhões, é semelhante ao valor total das exportações de soja dos EUA para a China em 2024. Isso é significativo, porque o Brasil aproveitou a situação e passou a fornecer mais soja para a China, o que prejudicou a indústria agrícola dos EUA. Portanto, a medida é uma tentativa de compensar esses danos e manter a influência dos EUA no mercado agrícola global.

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