Chelsea e Arsenal selam, neste domingo, às 13h30, em Stamford Bridge, o segundo clássico londrino da Premier League em duas semanas. O empate por 2 a 2 do primeiro turno, em outubro, manteve os Gunners na ponta isolada, e agora o time de Mikel Arteta chega com 29 pontos, seis a mais que o terceiro colocado Chelsea. Mesmo que a liderança não mude de mãos nesta rodada, uma derrota dos Blues descolaria o rival de nove pontos e entregaria ao Manchester City, que tem 24, a chance de assumir a vice-liderança caso vença o Aston Villa no sábado.
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A missão de Enzo Maresca ganhou reforço importante: Cole Palmer está de volta ao banco após 71 dias fora. A lesão na virilha sofrida contra o Manchester United, em 20 de setembro, foi seguida de uma fratura no dedo do pé em queda doméstica, mas o meia-atacante treinou sem restrições na véspera. Sem ele, o Chelsea manteve o retrospecto defensivo mais sólido da competição — apenas nove gols sofridos — e chega embalado pela goleada por 3 a 0 sobre o Barcelona na Liga dos Campeões, na terça. Wesley Fofana, autor de um dos tentos, resume a estratégia: “Defender 11 contra 11 e atacar 11 contra 11. A intensidade tem que ser a mesma dos 0 aos 95”. Do outro lado, o Arsenal também não vive má fase: venceu o Bayern de Munique por 1 a 0 na Champions, com gol de Martinelli, e tem Declan Rice como novo articulador: são sete passes para gol na liga inglesa, número que o coloca entre os cinco primeiros armadores da competição.
Os números do confronto espelham o equilíbrio. O Chelsea converte 16,8% das finalizações em gols, segundo melhor índice da liga, enquanto o Arsenal permite apenas 7,9 finalizações certas por partida, o melhor registro. O retrospecto recente, porém, sorri aos vermelhos: nos últimos cinco jogos entre os rivais, quatro vitórias gunners, incluindo 1 a 0 no Emirates em março, com gol de Merino. Stamford Bridge, por sua vez, costura três jogos invicto contra o arquirrival na Premier, mas a última vitória caseira data de novembro de 2023 (3 a 1). O sistema defensivo liderado por William Saliba e Gabriel tem quatro clean sheets seguidos fora de casa, algo que nenhum outro time conseguiu nesta edição do torneio.
A rodada ainda reserva City x Aston Villa e Liverpool x Newcastle, mas o foco londrino define o clima da parte de cima da tabela. Caso o Chelsea vença, reduz a diferença para três pontos e ainda terá um jogo atrasado contra o Sheffield United na próxima quarta; um tropeço, porém, pode deixar o time abaixo de 40% de aproveitamento fora dos primeiros quatro. Já o Arsenal, com triunfo, abriria nove de vantagem sobre o rival e chegaria à nona vitória nos últimos dez jogos de liga, escapando por ora da pressão dos citizens. O VAR, que anulou três gols dos Blues no clássico de outubro, volta a estar no centro das atenções: foram 27 decisões revisadas nos últimos dez jogos do Arsenal, número recorde na competição.